Estado de alma laranja
Como se espera, a chuva traz sensações. E hoje também me parece que não só os homens com barba ou as pessoas que deles gostam merecem algum ruído.
Apanhadoras de laranjas de todo o mundo, saudações!
Por momentos pensar que colher laranjas e passear cãezinhos é perfeitamente idílico e que homens com barba partilham desse hábito, enchem-me de ar.
Confesso que existe uma razão forte para sentir que alcanço tranquilidade com este quadro. É como quando se faz festinhas na barbinha e nos parece que se o mundo acabasse naquele momento, a felicidade já seria nossa. A sensação é quase tão boa, que quando se pisa o chão que está molhado e nos penduramos numa qualquer laranja e investimos toda a força para a trazer, ela escolhe-nos ainda antes de a termos visto em primeiro. E depois, mostra-nos lados regulares e alisados, com uma textura quase tão peculiar como a de tocar em caras repletas da tal barba que gostamos, aquela que tem mais de cinco dias inteiros. A seguir, o odor que fica nas mãos que como na barba também cheira, a chá.
É perfeito sentir que nas pequenas coisas também existe barba. E que as laranjas, as suas apanhadoras e os cãezinhos são dela uma evocação.
Obrigada Luíza Caetano.
1 Comments:
Doroteia!
Pois que ate se me faltou o ar, para recuperar logo de seguida!!!
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