terça-feira, julho 31, 2007

Envelhecer ou crescer?


Lembram-se de quando eramos crianças?
A melhor coisa da vida eram as brincadeiras com os amigos. Na escola ansiavamos pelo intervalo, para brincar mais um bocadinho. Em casa queriamos ver coisas tipo... O Tom Sawyer, o Dartacão, os Marretas ou a Rua Sesamo.
Começamos a crescer. Vem a Adolescencia. Para os meninos ver a barba e os pelos a crescer é algo tão importante como para as meninas ver as maminhas a ficarem maiores. Ou o primeiro periodo.
Mudam os interesses. E as brincadeiras. O Tom Sawyer deixa de ter aquele fascinio.
Fascinante começa a ser o/a colega que se senta duas cadeiras a nossa frente. E não percebemos muito bem porque. Até porque os meninos sempre acharam as meninas uma seca, e as meninas sempre pensaram os que os rapazes eram uns chatos. Achamos que ja somos crescidos. E donos da razão.
Ansiamos por crescer. Ser adultos.
Crescemos. Já temos barba. E um grande orgulho nela. Entramos para a Faculdade, ou não, tiramos a carta, saimos com amigos muitas vezes já sem ter que dar explicações aos pais ou sem hora prevista para chegada, ganhamos alguma independencia, e achamos que vamos e queremos ter dezoito anos até ao fim dos nossos dias.
Passam os dezoito anos e crescemos mais um bocadinho. Talvez a partir desta altura o crescimento seja mais mental. Mas crescemos. Conhecemos a independencia, e os ensinamentos começam a ser mais importantes. Mesmo quando teimamos em ignorar o que temos aprendido pelo simples facto de viver.
E vamos crescendo, e crescendo e crescendo...
Até que um dias reparamos que... Os dezoito anos já lá vão há uns anitos.
E... (pelo menos este e o meu caso.)
Não temos saudades deles.
Temos consciencia que crescemos e estamos a envelhecer bem. Ou com graciosidade.
E Afinal de contas... Quem é que quer ter sempre dezoito anos?